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Coração de Dom Pedro I chega ao Brasil nesta terça-feira (22) 532w6p

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Transportada pela FAB, a relíquia chegará ao país no próximo dia 22 de agosto. É a primeira vez, em 187 anos, que o coração de D. Pedro I deixa a cidade do Porto para uma solenidade no Brasil
O coração do monarca, que morreu em 1834, aos 35 anos, ficará no Brasil até 8 de setembro. Ao longo de três semanas, será exposto no Palácio do Planalto e no Itamaraty

(crédito: Coração de Dom Pedro /Reprodução)

Como parte das celebrações do bicentenário da Independência do Brasil, o coração de Dom Pedro I chegará ao país na próxima segunda-feira (22/8), vindo de Portugal, transportado pela Força Aérea Brasileira (FAB) em uma aeronave VC-99. O pouso está previsto para as 9h30 na Base Aérea.
Já na terça-feira (23), às 17h, o presidente Jair Bolsonaro (PL) recepcionará a relíquia em uma solenidade no Palácio do Planalto. O órgão totalmente preservado é do então príncipe que declarou a libertação do país de Portugal.

Lisboa — As relações políticas entre Brasil e Portugal estão longe do que prega a boa diplomacia, mas, por conta das comemorações dos 200 anos da independência brasileira, o país europeu fará uma deferência enorme à antiga colônia. Cederá, em forma de empréstimo, uma relíquia que pouquíssimas pessoas puderam ver em quase dois séculos: o coração de Dom Pedro I — ou Dom Pedro IV, para os portugueses —, primeiro imperador do Brasil. O órgão, que está guardado na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, na cidade do Porto, desembarcará em Brasília na segunda-feira (22/8) numa cerimônia com honras de chefe de Estado.
O empréstimo do coração de Dom Pedro I ao Brasil foi possível depois de uma ampla negociação entre a embaixada brasileira em Lisboa, a Prefeitura do Porto e a Irmandade Nossa Senhora da Lapa, que detém o direito à propriedade da relíquia. Havia muitas dúvidas se o transporte do órgão, realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), poderia acarretar danos, mas o Instituto de Medicina Legal do Porto (IML) avalizou a operação, apesar de todos os alertas.
O coração do monarca, que morreu em 1834, aos 35 anos, ficará no Brasil até 8 de setembro. Ao longo de três semanas, será exposto no Palácio do Planalto e no Itamaraty. Neste fim de semana, o coração foi, pela primeira vez, exibido ao público em Portugal.
A presença do coração de Dom Pedro I no Brasil deveria ser um acontecimento neste bicentenário da independência. Mas, para a professora de Relações Internacionais Miriam Saraiva, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), o momento é inoportuno, devido ao acirramento das disputas pela Presidência da República e, sobretudo, pelo uso político que o presidente Jair Bolsonaro pretende fazer do 7 de Setembro.
"Infelizmente, a festa de independência foi sequestrada por uma ideologia que prega o discurso de que o hino nacional, a bandeira do país e as cores verde e amarela só pertencem aos seus adeptos", diz. "Trata-se de uma enorme distorção, pois esses símbolos são de todos os brasileiros", ressalta.
Na avaliação da historiadora Ana Carolina Delmas, o maior temor de especialistas é que o coração de Dom Pedro I tenha uso político, quando, na verdade, deveria ser visto como parte de um contexto histórico pouco conhecido da maior parte da população, devido à péssima qualidade da educação no país. Ela lembra que, quando da comemoração dos 150 anos da independência, em 1972, durante a ditadura, mais precisamente na gestão de Emílio Garrastazu Médici, houve o mesmo movimento populista em torno da vinda dos restos mortais (sem o coração) de Dom Pedro I e da mulher dele, a princesa Leopoldina, doados por Portugal e que estão no Museu do Ipiranga, em São Paulo.
Para o pesquisador Leonardo Paz, do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV), a apropriação pelo atual governo dos símbolos nacionais é tão clara, que segmentos, ainda que pequenos, como os saudosos da monarquia, endossam esse tipo de postura.

"Tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto seus seguidores assumem a posição de que são os verdadeiros patriotas, o que não é verdade", afirma. Ele destaca que, ao contrário do Brasil, que age por questões ideológicas, Portugal, com seu gesto, ao emprestar o coração de Dom Pedro I, reforça a lógica de Estado, não de governo, que é ageiro.

Riscos enormes
A sugestão para que o governo Bolsonaro pedisse o coração de Dom Pedro I emprestado a Portugal para a comemoração dos 200 anos da independência foi feita ao presidente pela médica oncologista Nise Yamaguchi, defensora contumaz do uso de cloroquina no tratamento contra a covid-19. O imperador é apontando como grande defensor do liberalismo, bandeira que o Palácio do Planalto encampou, tendo o ministro da Economia, Paulo Guedes, como garoto-propaganda. Os quase quatro anos da atual istração mostraram, porém, que de liberal o governo não tem nada, é intervencionista e populista.

Ameaça radical no 7 de Setembro mudou plano de evento no Rio
O uso político do coração de Dom Pedro I, contudo, é apenas uma das preocupações da historiadora Ana Carolina. "Estamos temerosos com o translado daquele órgão. Qualquer descuido pode provocar um desastre e pôr tudo a perder", alerta. Há, segundo ela, todo um cuidado na preservação da relíquia e, dependendo da forma como o transporte se dará, o órgão pode se dissolver. Como ela, outros especialistas alertam para a pressurização do avião da FAB que transportará o coração e para a temperatura à qual ele ficará submetido durante o tempo que será exposto no Palácio do Itamaraty.

No entender da professora Miriam Saraiva, o presidente Bolsonaro está pouco se importando com os riscos de se trazer o coração de Dom Pedro I para o Brasil. "O que interessa é o ganho político que ele acredita que terá", frisa. Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, que encabeçou as negociações do empréstimo da relíquia ao Brasil, tem ressaltado que há exageros nas afirmações de que todo o processo está baseado apenas em interesses políticos. Para ele, trata-se de um gesto entre dois países irmãos, que mantêm relações profundas por séculos.

Distanciamento diplomático
No governo português, o transporte do coração de D. Pedro I ao Brasil é tratado com reservas e muita apreensão. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo Soares, estará presente nas celebrações do 7 de Setembro no Brasil. Isso, apesar de ele ter sido destratado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que recentemente cancelou um almoço com o líder português porque ele teve um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República.

Para o pesquisador Leonardo Paz, as relações políticas entre Portugal e Brasil só tendem a melhorar caso Bolsonaro não seja reeleito. "O atual presidente brasileiro se afastou de vários países europeus, incluindo Portugal, por questões ideológicas", detalha.

Devoção ao Porto
A doação do coração de Dom Pedro I à Irmandade Nossa Senhora da Lapa foi prevista em testamento pelo imperador pouco antes de morrer. Era desejo dele que o órgão ficasse na cidade que o recebeu quando retornou a Portugal, em 1831, para recuperar o trono de sua filha, Dona Maria II, que havia sido roubado pelo tio dela, Dom Miguel. Em 1832, Dom Pedro I, que havia abdicado do reinado no Brasil, adentrou o Porto liderando um grupo de liberais que lutavam contra o então imperador absolutista.

Sem um exército suficiente, pois não teve o apoio esperado de França e Inglaterra, Dom Pedro I assinou uma aliança com os espanhóis para combater o irmão. Foram dois anos de guerra. Em 1834, ele conseguiu derrubar Dom Miguel e devolver o trono à filha, Dona Maria II. Portugal deixou de ser um reino absolutista para ser um reino liberal. O monarca, entretanto, já estava bastante fragilizado, havia contraído tuberculose. Morreu em setembro daquele ano.

Desde 1835, o coração do monarca está guardado a cinco chaves na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, num monumento localizado na capela-mor, ao lado do Evangelho. A primeira chave abre uma placa de metal. A segunda e a terceira movimentam uma rede de ferro. A quarta destranca uma urna e a quinta, uma caixa de madeira onde está depositada um porta-joias de prata que abriga o vidro que contém o órgão. O coração está conservado em uma substância de formol, que é trocada a cada 10 anos. A última foi em 2015. Seis pessoas participam do procedimento.


"A torcida é para que tudo transcorra bem no período em que o coração de Dom Pedro I estiver no Brasil", reforça a historiadora Ana Carolina Delmas. A segurança da relíquia no país será enorme, a ponto de a vigília ser comandada pessoalmente pelo chefe da polícia do Porto, António Leitão da Silva. Houve, inclusive, a preocupação dos portugueses de construírem a caixa de madeira em que o órgão será transportado para o Brasil e a caixa de vidro em que ele será exposto.

Portugal suspende voos para Brasil e Pernambuco fica sem ligação internacional 2t2a3z

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Voo da TAP entre o Recife e Lisboa era a única rota internacional operando atualmente. (Foto: TAP/Divulgação)

Portugal suspendeu todos os voos comerciais e privados de qualquer companhia aérea de e para o Brasil. Segundo o Ministério do Interior português, a medida foi adotada por conta do aumento de casos de infecção no país europeu e também da detecção de novas variantes do coronavírus. A regra a a valer a partir da próxima sexta-feira e segue, no mínimo, até o dia 14 de fevereiro. Pernambuco será afetado diretamente pela medida, já que a TAP opera voo com ligação direta entre o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre e  Lisboa. Este, inclusive, era o único voo internacional que estava atualmente sendo operado na capital pernambucana.
Segundo Rodrigo Novaes, secretário de Turismo de Pernambuco, antes da pandemia, a TAP operava 10 voos semanais entre o Recife e Lisboa, estando com três atualmente. Apesar de ser a única rota internacional no momento do estado - a Cabo Verde Airlines já tem autorização para operar o voo para a África, mas ainda não tinha retomado - e de a suspensão afetar diretamente a ligação com um mercado importante para Pernambuco, principalmente para o turismo, ele ressaltou que respeita a decisão do governo português.
 

"Este é um momento crucial com o início da vacinação, existe a situação da variante e é preciso mesmo ter os cuidados necessários. Todo mundo está priorizando a saúde das pessoas, inclusive o Governo de Pernambuco tem seguido essa política. Então a gente não lamenta, a gente compreende", disse. 

O secretário reforça que, mesmo com a autorização das rotas internacionais, o fluxo ainda era mais de pessoas com negócios e família no Brasil. "Não estamos recebendo turistas portugueses, assim como os argentinos também não estão vindo. A retomada dos turistas estrangeiros será lá pelo meio e fim da pandemia. Não é nem pelo medo da questão sanitária, tem também a questão do receio das medidas restritivas e de ficar preso no outro país, como aconteceu muito no início da pandemia", ressaltou. 

Segundo Rodrigo Novaes, Pernambuco reitera que, neste momento, a retomada do setor continua com foco no turismo local e regional. "Vamos continuar investindo na retomada do turismo local para avançar de forma responsável, respeitando as questões sanitárias e a saúde das pessoas", disse. 

FESTA DO TAPUIA 2022 664i71

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